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O forte apoio político e popular e a 🌜 garantia de que haveria recursos para a realização das obras foram pontos fortes do projeto. [3] Em junho de 2008 o 🌜 Rio de Janeiro foi anunciado oficialmente como cidade candidata a sede dos Jogos, ao lado de Chicago, Tóquio e Madrid. [4] 🌜 Foi a primeira vez que passou da primeira fase do processo do COI, após duas eliminações.[5] A fase da candidatura contou 🌜 com um relatório mais detalhado e a visita da Comissão Avaliadora à cidade, ocorrida em abril de 2009. [6] O Comitê 🌜 de Candidatura também viajou pelo mundo divulgando o projeto, recebendo elogios e apoio. [7] Apesar disso, polêmicas envolvendo acusações de espionagem[8] 🌜 e difamação[9] atribularam o processo, que foi considerado bastante disputado. A sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 foi conhecida 🌜 em 2 de outubro, em Copenhague, na Dinamarca, após votação realizada pelos membros do Comitê Olímpico Internacional. O Rio de Janeiro 🌜 derrotou por 66 votos a 32 a cidade de Madrid e ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos e 🌜 Paralímpicos de 2016. [10] Foi a primeira cidade da América do Sul a receber uma edição olímpica, além do Brasil ter 🌜 sido o quarto país a sediar Copa do Mundo de Futebol e Jogos Olímpicos em um espaço de dois anos, 🌜 depois de México, Alemanha e Estados Unidos.[11] O processo do Comitê Olímpico Brasileiro para escolha da cidade que seria postulante aos 🌜 Jogos Olímpicos de Verão de 2016 iniciou-se em 28 de julho de 2006, motivado pelo fato de vários países já 🌜 estarem anunciando candidaturas. A análise do Conselho Executivo do COB decidiu que o Rio de Janeiro era a cidade brasileira mais 🌜 preparada para receber o evento, devido à realização dos Jogos Pan-americanos de 2007 e a existência de diversas instalações esportivas 🌜 de nível olímpico. [2] Após a decisão, o COB contratou a empresa de consultoria internacional Event Knowledge Services para emitir uma 🌜 análise técnica das condições da cidade para receber o evento. A empresa apoiou a decisão, mas apontou problemas nas áreas de 🌜 infra-estrutura, transportes e segurança.[5] Com o relatório da EKS em mãos, o Conselho Executivo voltou a se reunir e ratificou a 🌜 escolha, encaminhando a decisão para a Assembleia Geral do COB. [2] Em 1 de setembro de 2006, a Assembleia Geral aprovou, 🌜 por aclamação, a escolha do Rio de Janeiro como cidade postulante aos Jogos de 2016. Esta foi a terceira vez que 🌜 a cidade postulou o direito de ser sede de uma edição dos Jogos Olímpicos. Nos processos para 2004 e 2012, foi 🌜 eliminada na primeira fase, não chegando a ser candidata oficial.[5] Em 2007, no dia seguinte ao fim dos Jogos Pan-americanos, o 🌜 presidente do COB Carlos Arthur Nuzman confirmou que o Rio seria candidato,[12] o que foi oficializado em 7 de setembro, 🌜 com o envio de cartas de intenção ao Comitê Olímpico Internacional. [1] Em 17 de dezembro, durante o Prêmio Brasil Olímpico, 🌜 foi apresentado o logotipo da candidatura. A imagem trazia o Pão de Açúcar em forma de coração, em cores que remetem 🌜 à alegria do povo brasileiro.[13] O Rio de Janeiro foi anunciado oficialmente como cidade postulante a sede dos Jogos Olímpicos de 🌜 Verão de 2016 em 14 de setembro de 2007, junto a outras seis cidades: Baku (Azerbaijão), Chicago (Estados Unidos), Doha 🌜 (Qatar), Madrid (Espanha), Praga (República Checa) e Tóquio (Japão). [14] As candidatas tinham até 14 de janeiro de 2008 para responderem 🌜 ao questionário do Comitê Olímpico Internacional. A partir das respostas, seriam definidas as cidades candidatas oficiais. [15] O relatório da postulação do 🌜 Rio de Janeiro com as respostas foi entregue ao COI em 11 de janeiro. [16] Com quase cem páginas, foi composto 🌜 por nove capítulos, segundo determinação do COI: Motivação, conceito e legado; Apoio político; Finanças; Locais de competição; Acomodações; Transporte; Segurança; 🌜 Condições gerais, opinião pública e experiência; Apêndice (mapas e tabelas).[3] Motivação, conceito e legado [ editar | editar código-fonte ] O primeiro 🌜 item do relatório tratou das datas propostas para realização dos Jogos: 5 a 21 de agosto para os Jogos Olímpicos 🌜 e 7 a 18 de setembro para os Jogos Paralímpicos. O período foi escolhido em virtude das condições climáticas favoráveis, da 🌜 harmonia com o calendário internacional das federações esportivas e do dia da Independência do Brasil, feriado nacional que coincidiria com 🌜 a abertura dos Jogos Paralímpicos. Os governos federal, estadual e municipal ainda se comprometeram a mudar o calendário de escolas e 🌜 universidades para que o período dos Jogos coincidisse com as férias, de modo a reduzir a demanda por transporte público, 🌜 permitir que jovens cariocas fossem voluntários e possibilitar a utilização de instalações esportivas em estabelecimentos de ensino.[3] O relatório apontou alguns 🌜 fatores como benefícios da realização dos Jogos no Rio de Janeiro: desenvolvimento social, abertura de novos territórios para o Movimento 🌜 Olímpico (já que os Jogos nunca ocorreram na América do Sul), promoção do Brasil, criação de núcleos esportivos e fortalecimento 🌜 da marca do Comitê Olímpico Internacional. Os principais legados seriam o planejamento urbano e social de longo prazo, o crescimento do 🌜 interesse pelo país e o desenvolvimento do esporte na região.[3] O conceito do projeto Rio 2016 era envolver toda a cidade 🌜 na realização dos Jogos, com a divisão dos eventos em quatro regiões: Barra, Copacabana, Maracanã e Deodoro. As instalações foram escolhidas 🌜 pensando no tempo de deslocamento, no legado social, na divulgação da cidade para o mundo e nas melhorias ambientais e 🌜 sociais na parte norte da cidade, entre outros fatores.[3] O relatório destacou o total apoio dado pelos três níveis de governo 🌜 (federal, estadual e municipal) através da assinatura de cartas com garantias superiores às exigidas pelo COI. [17] O segundo capítulo do 🌜 documento ainda detalhou a estrutura do Comitê de Candidatura e apresentou os aspectos legais dos Jogos, enfatizando que não haveria 🌜 obstáculos legais à realização dos eventos e que o Brasil possuía legislação antidoping em consonância com a Agência Mundial Antidoping 🌜 e diversas leis que regulavam a prática esportiva no país.[3] O custo do projeto Rio 2016 foi calculado em 42 milhões 🌜 de dólares, sendo sete milhões para a fase de postulação e 35 para a fase de candidatura. O dinheiro viria das 🌜 três esferas de governo, do Comitê Olímpico Brasileiro e de patrocinadores. Em relação ao financiamento dos Jogos, parcerias público-privadas seriam usadas 🌜 na construção da Vila Olímpica e dos centros de imprensa. A Copa do Mundo FIFA de 2014 e o Programa de 🌜 Aceleração do Crescimento do Governo Federal também foram citados como fatores que gerariam desenvolvimento para a cidade.[3] O relatório estimou que 🌜 o custo da realização dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro (excluindo gastos públicos) seria de 🌜 750 milhões de dólares, sendo 290 gerados com a venda de ingressos e o restante advindo do setor privado. Receitas adicionais 🌜 deveriam provir da Lei Agnelo/Piva, da circulação de moedas especiais e do Plano Conjunto de Marketing, parceria do Comitê Organizador 🌜 e do Comitê Olímpico Internacional.[3] Locais de competição [ editar | editar código-fonte ] As quatro regiões do projeto Das instalações previstas no 🌜 projeto, o relatório informava que dezenove (56%) já estariam prontas, sete (20%) seriam construídas independente da realização dos Jogos Olímpicos 🌜 e oito (24%) teriam casas de apostas escanteios existência (temporária ou definitiva) dependente dos Jogos. As 34 instalações estariam distribuídas em quatro regiões:[3] A Vila 🌜 Olímpica seria construída na Barra da Tijuca, a menos de dez minutos de metade das instalações. Com capacidade para 17. 500 moradores, 🌜 teria o conforto e a acessibilidade necessários aos atletas olímpicos e paralímpicos. Após os Jogos, transformaria-se em complexo residencial, como é 🌜 comum a este tipo de instalação. Os centros de imprensa, construídos junto ao Parque Olímpico, teriam noventa e 45 mil metros 🌜 quadrados e, após os Jogos, supririam a demanda por escritórios e instalações deste tipo na região.[3] As partidas preliminares do futebol 🌜 masculino e feminino não seriam realizadas no Rio de Janeiro, mas em outras quatro cidades, aproveitando a infraestrutura criada para 🌜 a Copa do Mundo FIFA de 2014: Salvador, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo.[18] O Plano de Acomodação dos Jogos do 🌜 Rio previa a oferta de 49. 570 leitos com as especificações do COI, indo desde instalações simples a hotéis cinco estrelas 🌜 e navios de cruzeiro. O Plano destacava a criação de duas áreas principais de acomodação na Barra e em Copacabana e 🌜 a utilização de apartamentos particulares, que seriam alugados por temporada. Segundo o relatório, 3. 600 leitos seriam disponibilizados nas regiões de Deodoro 🌜 e Maracanã, e oferecidos incentivos à construção de novos hotéis. Para a imprensa, seriam construídas duas vilas na região da Barra, 🌜 disponibilizando 9.196 quartos. Para as preliminares do futebol, disputadas fora da cidade do Rio de Janeiro, hotéis seriam oferecidos a atletas 🌜 e jornalistas.[3] O sistema de veículos leves sobre pneus proposto para o Rio de Janeiro se baseia no bem sucedido sistema 🌜 de Curitiba. O projeto Rio 2016 para os transportes foi baseado nos seguintes objetivos fundamentais: segurança na movimentação de membros das 🌜 delegações, confiabilidade e conforto, eficiência, flexibilidade para suportar alterações na demanda, acessibilidade, sustentabilidade e melhorias na infra-estrutura. Para isso, os seguintes 🌜 sistemas seriam utilizados:[19] O Corredor Norte ligaria as regiões de Deodoro e Maracanã através de um sistema de metrô que também 🌜 atenderia a região de Copacabana. Esse sistema estaria ligado à região da Barra através de veículos leves sobre pneus (VLPs) e 🌜 do Corredor T5. ligaria as regiões de Deodoro e Maracanã através de um sistema de metrô que também atenderia a região 🌜 de Copacabana. Esse sistema estaria ligado à região da Barra através de veículos leves sobre pneus (VLPs) e do Corredor T5. O 🌜 Corredor Sul ligaria as regiões da Barra e Copacabana através de VLPs e estaria integrado à rede de metrô. ligaria as 🌜 regiões da Barra e Copacabana através de VLPs e estaria integrado à rede de metrô. O Corredor Oeste uniria as regiões 🌜 de Deodoro e Barra com VLPs e a autoestrada Linha C. uniria as regiões de Deodoro e Barra com VLPs e 🌜 a autoestrada Linha C. No interior da região da Barra, um sistema de ônibus iria integrar o Parque Olímpico e o 🌜 Riocentro. Em relação a transporte aéreo, o Rio de Janeiro é servido por dois aeroportos: o Galeão está conectado a 26 🌜 destinos internacionais[20] e fica a 34 km da Vila Olímpica e a 20 km do centro da cidade, sendo ligado 🌜 a ele por duas autoestradas, a Linha Vermelha e a Linha Amarela; e o Santos Dumont, doméstico, fica a 37 🌜 km da Vila Olímpica e foi reformado para os Jogos Pan-americanos de 2007.[3] Os principais desafios apontados pelo relatório em relação 🌜 ao trânsito foram a topografia do Rio de Janeiro, a falta de coordenação entre os sistemas de transporte público e 🌜 a "cultura" de usar veículos particulares, sobrecarregando as vias. Como soluções, o relatório apontava o uso de transporte público pelos espectadores, 🌜 a preferência para veículos a serviço de delegações e da organização e redução do número de veículos, com restrição à 🌜 circulação dos pesados, restrição de vagas de estacionamento próximo a locais de competição e a mudança do calendário escolar, entre 🌜 outras ações. O projeto também previa ações com o objetivo de diminuir o tempo de deslocamento entre a Vila Olímpica e 🌜 os locais de competição.[3] O Governo Federal seria a entidade responsável pela segurança nos Jogos do Rio, através do Gabinete de 🌜 Gestão Integrada da Secretaria Nacional de Segurança Pública, que trataria das relações intra e interagências. Muito do legado dos Jogos Pan-americanos 🌜 de 2007 seria usado nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, como câmeras no trânsito, avanços na área de combate ao terrorismo, 🌜 reforços dos esquadrões antibombas e engajamento da população.[3] Entre as melhorias propostas para 2016 estavam a modernização dos órgãos e dos 🌜 equipamentos, a expansão do programa de engajamento da população, reforço na capacidade do Brasil de lidar com o terrorismo e 🌜 uma força de segurança integrada com quarenta mil membros altamente treinados, incluindo oficiais de elite.[3] Condições gerais, opinião pública e experiência 🌜 [ editar | editar código-fonte ] Cartaz promove a candidatura carioca próximo ao Morro Dois Irmãos, no Leblon. A última seção expositiva 🌜 do relatório iniciou-se com aspectos da população carioca e brasileira. A população jovem do Brasil em 2016 é estimada em 32% 🌜 (65 milhões de pessoas), proporcionando um grande público-alvo para o Movimento Olímpico.[3] Em seguida, o relatório tratou do meio ambiente. Com um 🌜 clima tropical e cercado por florestas e montanhas, o Rio de Janeiro foi sede da ECO-92, marco nos debates sobre 🌜 o meio ambiente. Vários projetos ambientais são feitos na cidade, como a despoluição da Baía de Guanabara, o reflorestamento de áreas 🌜 urbanas e a troca da frota de transporte público para veículos com baixa emissão de poluentes. O impacto ambiental da realização 🌜 dos Jogos poderia ser diminuído com o uso eficiente da energia e outras medidas compensatórias.[3] As condições climáticas da cidade no 🌜 período dos Jogos foram consideradas excelentes pelo relatório. Com temperatura média de 24,2 °C e umidade relativa do ar em torno 🌜 dos 66%, haveria pouca precipitação (cerca de 4,6mm). As competições ao ar livre, como a maratona, o triatlo e a vela, 🌜 não seriam prejudicadas pelos fatores climáticos. A qualidade do ar também era apontada como satisfatória.[3] O tópico seguinte do relatório trouxe a 🌜 opinião pública sobre os Jogos. Segundo o documento, 78% dos moradores do estado apoiavam a realização dos Jogos na capital, enquanto 🌜 46% dos jovens entre dezesseis e 24 anos manifestaram o desejo de ser um dos voluntários. A Câmara de Vereadores e 🌜 a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro também manifestaram total apoio à realização do evento.[3] O relatório foi encerrado com uma 🌜 listagem dos eventos sediados no Rio de Janeiro, como mostra da experiência da cidade em realizar eventos esportivos. Os Jogos Pan-americanos 🌜 de 2007 e os Jogos Sul-Americanos de 2002 apareceram com destaque. Alguns dos outros eventos listados foram o Campeonato Mundial de 🌜 Judô de 2007, o Campeonato Mundial de Futsal de 2008, os Jogos Mundiais Militares de 2011 e a Copa do 🌜 Mundo FIFA de 2014.[3] Primeira avaliação do Comitê Olímpico Internacional [ editar | editar código-fonte ] Critério de avaliação [ 4 ] 🌜 Peso Notas Mínima Máxima Apoio governamental 2 7,3 8,8 Infra-estrutura 5 5,3 7,2 Instalações esportivas 4 5,8 7,4 Vila olímpica 🌜 3 6,0 7,7 Acomodações e rede hoteleira 5 5,5 6,4 Impacto ambiental 2 5,6 7,6 Transporte 3 5,5 7,5 Segurança 🌜 3 4,6 7,0 Experiência em eventos esportivos 2 6,6 7,9 Economia 3 6,0 7,7 Visão geral e legados 3 5,5 🌜 8,0 O relatório com a avaliação do Grupo de Trabalho, designado para analisar os relatórios das sete cidades postulantes, foi divulgado 🌜 em março de 2008 e serviu de base para a escolha do Comitê Executivo do COI, em junho. O Grupo de 🌜 Trabalho estabeleceu pesos para os onze critérios avaliativos, levando em conta a quantidade de informações solicitadas às cidades postulantes e 🌜 a capacidade delas de atingir as metas no período de tempo determinado. Critérios matemáticos foram usados para definir a nota de 🌜 cada cidade em cada item de avaliação.[21] A avaliação do Grupo de Trabalho em relação ao Rio de Janeiro apontou como 🌜 pontos favoráveis o legado social que os Jogos proporcionariam e o forte apoio popular e governamental. [4] Fatores ambientais, como água 🌜 potável e tratamento de lixo, despertaram a preocupação dos avaliadores. [22] O relatório, apesar de apontar que o Rio teria capacidade 🌜 de sediar um evento com segurança, afirma que a cidade deveria investir mais neste quesito.[23] O Rio de Janeiro teve a 🌜 pior nota entre as cidades escolhidas para a segunda fase (6,4). As outras candidatas que avançaram foram Chicago (com nota 7,0), 🌜 Madri (nota 8,1) e Tóquio (nota 8,3). [4] Doha, que teve uma nota geral maior que a do Rio de Janeiro 🌜 (6,9), ficou de fora por propôr a realização dos Jogos em um período muito além da faixa estabelecida pelo COI 🌜 (outubro, enquanto as outras propuseram realizar os Jogos entre julho e agosto) e por estar numa região mais propensa a 🌜 ataques terroristas.[24] A fase de candidatura [ editar | editar código-fonte ] A roda-gigante no Forte de Copacabana serviu como apoio na 🌜 divulgação da candidatura. Logo após o anúncio do Comitê Olímpico Internacional, o Conselho Executivo da Candidatura Rio 2016 reuniu-se para traçar 🌜 as diretrizes e os procedimentos a serem tomados na nova fase que se iniciava. Entre eles, a constituição de um Comitê 🌜 de Candidatura e a elaboração de um novo relatório, com respostas mais detalhadas ao questionário do COI. [25] As empresas de 🌜 consultoria McKinsey & Company e Spencer & Stuart auxiliaram na criação do comitê.[26] De acordo com o cronograma oficial, as cidades 🌜 participariam do Programa de Observação do COI durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2008, em Pequim. [14] A candidatura Rio 🌜 2016 aproveitou a oportunidade para fazer campanha, tendo como principal cabo eleitoral o presidente Lula. [27] Também com o objetivo de 🌜 promover o Rio 2016, o Forte de Copacabana recebeu uma roda-gigante em cujo miolo, com 36 m de diâmetro, eram 🌜 apresentadas imagens de apoio. [28] Dias antes de ser entregue o relatório final, todas as Federações Esportivas Internacionais anunciaram que as 🌜 instalações propostas para os Jogos do Rio haviam sido aprovadas.[29] O relatório da candidatura Rio 2016 foi enviado para Lausanne, sede 🌜 do Comitê Olímpico Internacional, em 5 de fevereiro de 2009. O documento tem três volumes nos quais são respondidas mais de 🌜 trezentas questões técnicas, além de cerca de cem cartas de garantia. [30] A entrega oficial ocorreu no dia 11, na presença 🌜 de Jacqueline Barret, chefe do Departamento de Candidaturas do COI. [31] A versão completa do relatório foi disponibilizada no site oficial 🌜 da candidatura.[32] O processo entrou numa nova fase com a visita da Comissão Avaliadora do Comitê Olímpico Internacional, presidida pela ex-atleta 🌜 marroquina Nawal El Moutawakel. [6] Os membros do COI ficaram na cidade entre 28 de abril e 2 de maio, período 🌜 no qual puderam conhecer detalhes da candidatura. [33] Durante a visita, foram realizados dois ciclos de sabatinas. No primeiro, teve destaque o 🌜 projeto da Vila Olímpica, que teria uma praia exclusiva para os atletas e um centro de treinamento privado. [34] No segundo, 🌜 aspectos políticos e econômicos foram tratados, com participação da ministra da Casa Civil do Brasil Dilma Rousseff. [35] Em 1 de 🌜 maio os membros foram a campo visitar algumas instalações, na única vez em que teriam contato, ainda que visual, com 🌜 moradores da cidade. A data (um feriado) não foi escolhida por acaso, já que neste dia o trânsito, um dos principais 🌜 problemas da candidatura, seria mais tranquilo - estratégia semelhante foi adotada por Chicago, que marcou a visita para um domingo, 🌜 e Tóquio, que escolheu um sábado. [36] A visita se encerrou com elogios por parte da Comissão[37] e confiança por parte 🌜 do Comitê de Candidatura.[38] Em junho, as cidades candidatas tiveram, pela primeira vez na história, uma oportunidade para apresentar a candidatura 🌜 aos membros do COI que elegeriam, meses mais tarde, a cidade sede dos Jogos de 2016. [39] No evento, realizado no 🌜 Museu Olímpico,[39] as cidades tiveram uma hora e meia para expôr detalhes dos projetos e responder a questões formuladas pelos 🌜 integrantes do Comitê. [40] Na apresentação do Rio de Janeiro, com as presenças do prefeito Eduardo Paes e do governador Sérgio 🌜 Cabral Filho, foram destacados o desenvolvimento que os Jogos proporcionariam para a cidade e a oportunidade de levar o Movimento 🌜 Olímpico para uma região ainda inexplorada, a América do Sul. [41] A Copa do Mundo FIFA de 2014 foi destacada pelos 🌜 membros do COI como um dos principais entraves à eleição do Rio de Janeiro, assunto tratado pelos representantes da candidatura 🌜 com naturalidade.[42] Durante a fase de candidatura, os membros do Comitê Rio 2016 viajaram pelo mundo divulgando o projeto, recebendo apoio 🌜 de países asiáticos,[43] europeus,[44] do continente americano,[45] da Oceania[46] e da África,[47] além de participarem da feira SportAccord, um dos 🌜 principais eventos esportivos do mundo.[48] Relatório da Comissão Avaliadora [ editar | editar código-fonte ] Após as visitas às cidades candidatas e 🌜 as análises dos dossiês, a Comissão Avaliadora elaborou um relatório técnico sobre as condições de cada cidade, que serviu de 🌜 base para os membros do COI formarem casas de apostas escanteios opinião na eleição final. [49] Diferentemente do primeiro relatório, este não trouxe notas 🌜 ou sugestões, apenas apresentou o parecer da Comissão.[50] Em relação ao Rio de Janeiro, este relatório, assim como o primeiro, apontou 🌜 a segurança, o tempo de deslocamento e a rede hoteleira como principais problemas a serem superados. Por outro lado, reforçou a 🌜 importância do legado social, principalmente na região de Deodoro. [51] Outro ponto bastante elogiado no relatório foi o apoio do governo 🌜 e da população. Em pesquisa organizada pela empresa Sports Marketing Surveys, a realização dos Jogos de 2016 no Rio de Janeiro 🌜 tem o apoio de 84,5% dos entrevistados na cidade e de 68,9% no Brasil.[50] O relatório foi muito bem recebido pela 🌜 Comissão de Candidatura Rio 2016, que reforçou a importância da candidatura do Rio. [52] Órgãos de imprensa de países com cidades 🌜 candidatas, como o jornal espanhol El País,[53] também exaltaram a boa avaliação da candidatura brasileira. Um dos sites mais conceituados do 🌜 mundo em relação a candidaturas olímpicas, o GamesBids. com, apesar de considerar a disputa bastante acirrada,[54] apontou o Rio de Janeiro 🌜 como favorito em seu índice, o BidIndex, nas duas últimas avaliações, embora, por causa da presença do presidente americano Barack 🌜 Obama na votação em Copenhague, a diferença para Chicago tivesse diminuído entre as duas atualizações. [55] A divulgação de pesquisa da 🌜 empresa ORC Worldwide, concluindo que o Rio de Janeiro possuía o melhor custo-benefício entre as cidades candidatas, também impulsionou a 🌜 candidatura da cidade.[56] Apresentação na 121ª Sessão do COI [ editar | editar código-fonte ] Membros da delegação brasileira comemoram a escolha 🌜 do Rio de Janeiro A eleição cidade sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 ocorreu em 2 de outubro de 🌜 2009, na cidade de Copenhague, na Dinamarca, durante a 121ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional. O Rio de Janeiro foi a 🌜 terceira cidade a se apresentar perante os membros do COI. Abrindo a apresentação, o membro decano da entidade e presidente de 🌜 honra da FIFA João Havelange pediu o apoio de seus colegas para celebrar seu centésimo aniversário de nascimento durante os 🌜 Jogos de 2016. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro Carlos Arthur Nuzman foi o próximo a discursar, tendo como tema as 🌜 experiências do movimento olímpico. Durante casas de apostas escanteios fala, foi mostrado no telão o elemento considerado mais impactante em toda a apresentação: um 🌜 mapa indicando as cidades que já sediaram os Jogos Olímpicos, de Verão e de Inverno. O destaque da imagem era a 🌜 grande área vazia na América do Sul e na África. [57] Após um vídeo com eventos realizados no Rio de Janeiro 🌜 (como os Jogos Pan-americanos de 2007), o governador do estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho falou sobre os 🌜 projetos relacionados a transporte e segurança. Henrique Meirelles, presidente do Banco Central do Brasil, discursou sobre a situação econômica do país, 🌜 e lembrou projeções indicando que em 2016 o Brasil será a quinta maior economia do mundo.[58] O prefeito da cidade do 🌜 Rio de Janeiro Eduardo Paes foi o responsável por apresentar o projeto das instalações. Um vídeo mostrou, com a ajuda da 🌜 computação gráfica, onde estariam localizados os prédios. Complementando a exposição, a velejadora Isabel Swan disse que o projeto havia sido feito 🌜 pensando nos atletas, e citou o ex-jogador de futebol Pelé, o nadador paralímpico Daniel Dias e a atleta juvenil Bárbara 🌜 Leôncio como exemplos de sucesso e reconhecimento obtidos através do esporte. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o próximo 🌜 a falar. Enfatizando que o Brasil estava pronto para receber os Jogos e que o povo brasileiro ansiava por isso, Lula 🌜 disse que era hora de "acender a pira olímpica em um país tropical". Após este discurso, um vídeo produzido pelo cineasta 🌜 Fernando Meirelles representou o povo carioca recebendo atletas de todo o mundo, que se encaminhavam para a praia e formavam 🌜 os anéis olímpicos. [59] O presidente do COB Carlos Arthur Nuzman voltou ao púlpito e encerrou a apresentação do Rio de 🌜 Janeiro. Em seguida, a delegação respondeu a questões feitas pelos membros do COI. Em relação ao doping, Nuzman enfatizou que o Brasil 🌜 respeita as regras da Agência Mundial Antidoping e que sempre investiga casos suspeitos. Carlos Osório, secretário-geral do comitê de candidatura, falou 🌜 sobre o projeto para as acomodações, criticado no relatório da Comissão Avaliadora. Segundo ele, o fato de ainda não haver garantias 🌜 para a utilização de navios de cruzeiros durante os Jogos não era um problema. Em relação aos legados que os Jogos 🌜 proporcionariam, o prefeito Eduardo Paes citou infraestrutura, transporte, meio ambiente e qualidade de vida, mas apontou a autoestima dos brasileiros 🌜 como o principal. O presidente Lula respondeu à última questão, sobre o risco de delegar ao Rio de Janeiro a responsabilidade 🌜 de realizar os Jogos, assegurando o compromisso do governo em prover até mais do que foi prometido no projeto de 🌜 candidatura. [58] Antes de deixar o salão onde foi realizada a apresentação, a delegação do Rio de Janeiro, representada pelo presidente 🌜 Lula e pela atleta Bárbara Leôncio, recebeu das mãos do presidente do COI, Jacques Rogge, um diploma de agradecimento pela 🌜 participação no processo.[60] Após as quatro apresentações, os membros do COI iniciaram a votação. Na primeira rodada, o Rio de Janeiro ficou 🌜 em segundo lugar, com dois votos a menos que Madrid. Como nenhuma cidade alcançou maioria absoluta, a candidata com menos votos 🌜 (Chicago) foi eliminada e a disputa continuou com as outras três. Na segunda rodada, a cidade brasileira obteve 48% dos votos, 🌜 ficando próxima de vencer a eleição antes da final. Entretanto, como novamente não houve maioria absoluta, Tóquio, que obteve menos votos, 🌜 foi eliminada e as duas restantes, Rio de Janeiro e Madrid, foram à final. O Rio venceu a eleição com a 🌜 maior vantagem já vista em eleições recentes,[61] 67%, conquistando 66 votos contra 32 de Madrid. [10] O resultado foi recebido com 🌜 muita festa pela multidão que aguardava o resultado na praia de Copacabana.[62] Suspeita de espionagem da candidatura de Madrid [ editar 🌜 | editar código-fonte ] Durante a visita da Comissão Avaliadora ao Rio de Janeiro, ocorrida no final de abril, a licença 🌜 do jornalista inglês Simon Walsh foi cassada. O jornalista se inscreveu como correspondente inglês da agência espanhola EFE, mas o Comitê 🌜 Rio 2016 descobriu que ele trabalhava para a agência de notícias Sportcal, responsável pela mídia da candidatura de Madrid, e 🌜 estaria, portanto, espionando a candidatura brasileira. [8] Dias depois, o comitê de candidatura de Madrid admitiu que o jornalista estava no 🌜 Rio de Janeiro a serviço da candidatura espanhola, mas que não se tratava de espionagem. [63] O Comitê Rio 2016 ameaçou 🌜 denunciar o comitê de Madrid à Comissão de Ética do Comitê Olímpico Internacional, mas recuou.[64] Uso dos anéis olímpicos [ editar 🌜 | editar código-fonte ] Em julho de 2008, surgiram notícias informando uma suposta mudança no logotipo da candidatura do Rio de 🌜 Janeiro, devido a problemas com o uso dos anéis olímpicos. [65] O Comitê Olímpico Brasileiro divulgou nota oficial negando o fato 🌜 e informando que sempre existiram duas versões do logotipo, uma com os anéis e outra sem eles. A nota afirma que 🌜 a versão da marca com os anéis é usada em eventos e materiais institucionais, enquanto a versão sem os anéis 🌜 é usada para fins comerciais. [66] De fato, o Comitê Olímpico Internacional permite o uso dos anéis, desde que este não 🌜 tenha objetivos comerciais.[67] Manifestações da mídia americana [ editar | editar código-fonte ] Duas manifestações da mídia americana tiveram reflexos negativos sobre 🌜 a candidatura brasileira. A primeira foi o oitavo episódio da oitava temporada da série policial americana Law & Order: Criminal Intent, 🌜 intitulado "The Glory That Was"[68] e exibido pela rede NBC, que foi ao ar nos Estados Unidos em 14 de 🌜 junho e no Brasil, através de televisão por assinatura, em 3 de setembro. O episódio mostrava a investigação do assassinato de 🌜 uma integrante do Comitê Olímpico da Bélgica, cometido pelo dono de uma empresa de segurança do Rio de Janeiro, que 🌜 teve frustrada uma tentativa de chantagem e, por vingança, decidiu cometer o crime.[9] A Comissão Rio 2016, em nota oficial, manifestou 🌜 repúdio e tachou de "leviano" o uso da candidatura brasileira. O prefeito Eduardo Paes classificou como "ridículo e patético" o episódio, 🌜 dizendo que o fato desrespeitava até mesmo membros do COI e poderia atrapalhar a candidatura americana. [69] Os fatos de que 🌜 a NBC era a detentora dos direitos de exibição dos Jogos Olímpicos nos Estados Unidos e o presidente do Comitê 🌜 Olímpico Internacional, Jacques Rogge, é belga contribuíram para o crescimento da polêmica.[70] A outra manifestação foi uma reportagem da edição com 🌜 data de 5 de outubro da revista The New Yorker sobre o crime organizado no Rio de Janeiro, cujo resumo 🌜 foi disponibilizado no site da revista dias antes. [71] No artigo, que citou informações da mídia brasileira, a revista afirma que 🌜 o Rio de Janeiro é líder em mortes violentas e que criminosos vivem em morros da cidade sem que a 🌜 polícia consiga capturá-los.[72] Críticas à candidatura [ editar | editar código-fonte ] Duas declarações envolvendo a candidatura do Rio de Janeiro e 🌜 pessoas com ligação com candidaturas adversárias geraram polêmica. A primeira ocorreu no dia 21 de setembro e foi feita pelo prefeito 🌜 de Chicago, Richard Daley, que disse que casas de apostas escanteios cidade tinha vantagem sobre o Rio por causa da Copa do Mundo 🌜 FIFA de 2014, que, segundo ele, não ajudaria a realizar os Jogos Olímpicos. [73] O caso foi levado ao Comitê Olímpico 🌜 Internacional, mas não foram feitas queixas formais. Ao saber da atitude da candidatura brasileira, Daley disse que não tinha conhecimento do 🌜 caso.[74] A segunda declaração foi feita em 30 de setembro pelo vice-presidente do Comitê Olímpico Espanhol José María Odriozola, que classificou 🌜 o projeto do Rio de Janeiro como "a pior candidatura" e declarou que o marketing e o fato de os 🌜 Jogos nunca terem ocorrido na América do Sul é que haviam gerado o favoritismo da cidade. [75] Desta vez, o Comitê 🌜 Rio 2016 fez uma queixa formal contra a candidatura de Madrid, chamando de "inaceitáveis" as críticas de Odriozola. [76] No mesmo 🌜 dia, a chefe do Comitê Madrid 2016, Mercedes Coghen, pediu desculpas oficiais pelo ocorrido. Odriozola, entretanto, não mudou o discurso e 🌜 apenas lamentou que a opinião pessoal dele tenha ofendido alguém.[77] ara apostar com uma casa. 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